Financiar o imóvel é a opção escolhida por muitas pessoas que desejam comprar seu imóvel. Nem todos sabem como funciona um financiamento de imóvel. É necessário saber, por exemplo, que o credor liberar um montante de crédito referente a 100% do valor de algum imóvel é raro, sendo possível apenas em uma situação específica.
Caso você queira saber sobre como transferir um financiamento de imóvel para outra pessoa, entre neste outro post.
Abaixo veremos as possibilidades e condições possíveis.
É possível financiar 100% de um imóvel?
Como se sabe, o financiamento imobiliário é uma modalidade de crédito em que um credor — normalmente, bancos e empresas do ramo — realiza o pagamento de um imóvel para o cliente. Feito isso, a instituição negocia diretamente com o consumidor a forma de devolução do montante emprestado.
Há de se dizer, no entanto, que as parcelas referentes a quitação do financiamento não são compostas apenas pela amortização. Somadas a isso, há, também, alguns seguros e, principalmente, a taxa de juros — que, afinal, é o preço cobrado pelo credor pelo empréstimo concedido. Mas, afinal, é possível ou não financiar 100% do imóvel?.
No âmbito do mercado imobiliário como um todo, não, não é possível fazer um financiamento de imóvel total. Porém, há uma exceção: as famílias de baixa renda cadastradas no programa Minha Casa, Minha Vida. Em uma certa faixa do programa, o governo quita 90% do valor total do imóvel e financia os outros 10% restantes.
Quem pode participar do Minha Casa Minha Vida?
O programa Minha Casa Minha Vida foi criado pelo governo com o intuito de facilitar a aquisição da casa própria por famílias de baixa renda. Nesse sentido, há algumas “faixas” que possibilitam até os consumidores de pagarem uma parcela mensal de menos de R$ 200. No geral, o programa é dividido em três faixas de renda.
A primeira, considerada a faixa I, é para quem possui renda familiar de até R$ 1.800 mensais. Esse é o único caso do mercado imobiliário inteiro em que é possível um consumidor financiar 100% do seu imóvel novo. Devido à baixa capacidade financeira, o governo efetua o pagamento de 90% do valor total do mesmo.
O resto é financiado em parcelas que não ultrapassam, por lei, 10% da renda familiar — inclusive, não há taxa de juros nesse caso. Possuindo a renda citada acima, os interessados devem fazer sua inscrição na prefeitura para passar pelo processo seletivo.
Já as faixas II e III compreende a quem possui, respectivamente, rendas de R$ 1.800 a R$ 4 mil e de R$ 4 até R$ 9 mil. Nesses casos, no entanto, há taxas de juros, mas bem baixas — mais ou menos de 5 à 8% ao ano.
Quais são os benefícios do programa?
Como pudemos perceber no tópico acima, os juros, quando presentes, são totalmente diferentes em relação ao mercado imobiliário tradicional. Além da amortização, essa taxa é o principal peso no pagamento em financiamento de imóveis. Nesse sentido, torná-las quase simbólicas ao consumidor de baixa renda pode ser considerado, na verdade, o mínimo a ser feito pelo programa.
No entanto, quem sabe como funciona um financiamento de imóvel tem a noção de que não é apenas os juros que eleva os custos totais da operação. Tendo em vista isso, o programa Minha Casa Minha Vida diminuiu os gastos do consumidor em outros pontos da compra como um todo. Para a faixa I, como já dito, o governo financia até 90% do imóvel.
Quem possui renda de R$ 1.800 a R$ 4 mil, no entanto, terá um subsídio interessante do governo com relação a entrada do imóvel. No geral, até R$ 25 mil são pagos pelo governo — sem o consumidor ter que devolver — nessa etapa do processo. Por fim, os correspondentes à terceira faixa terão descontos nos seguros das parcelas de quitação.
E quem não tem acesso ao Minha Casa Minha Vida? O que fazer?
Seguindo sua proposta de facilitar a compra de imóveis por famílias de baixa renda, o programa Minha Casa Minha Vida não permite a participação de quem possui renda acima de R$ 9 mil. A partir desse montante, as regras, taxas e condições do empréstimo imobiliário é a mesma para todos — e, nesse caso, precisa-se saber como funciona um financiamento de imóvel.
As taxas juros, por exemplo, dependendo do seu valor, podem encarecer muito o montante final pago pelo imóvel. Nesse sentido, é uma boa ideia para o bolso do consumidor pesquisar pela melhor taxa do mercado.
Fonte: Melhor taxa
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